22 de nov. de 2010

à sombra,

Meu medo era o próprio medo. Um arrepio quente que subia e descia. Um suspiro que assobiava vocalmente em solo tristonho. Nas pontas dos dedos, cantarolavam as notas desenhadas do papel já gasto. No escuro, acendia-se uma luz amarelada de vela branca. E os teus olhos estendiam-se aos meus, devagar. Era um sorriso triste, afinal. Um grito silencioso, que definhava a alma aos poucos, quase imperceptivelmente. Um silêncio agudo que implorava pela tua voz.

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